quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Casar ou não ser, eis a questão

“Homem é tudo uma tranqueira”, “nenhum homem presta”, “casamento é uma vida de sofrimentos”, “pense bem antes de fazer essa besteira” – Era isso o que eu ouvia com freqüência antes de me casar. Já virou dito popular, quase um folclore, a murmuração das mulheres quanto aos seus casamentos infelizes, passam horas, até dias, falando da amargura de suas vidas e alastrando toda essa carga infeliz para aos que vivem ao redor, mas de forma muito estranha (será?) e contraditória seus filhos repetem os mesmos erros e perpetuam a “desgraça” dos pais.

Antes de me casar não acreditava que meu casamento pudesse sem infeliz, afinal amava tanto minha noiva, tínhamos um relacionamento perfeito, havia harmonia, amizade e muita vontade! E hoje? Bem, hoje eu ainda não acredito. Casar-se bem vai muito além da sorte, da “química” ou da criação do cônjuge. Ter atração física é ótimo, um sinal essencial para uma união ocorrer. Mas existem casamentos que se resumem ao “fogo” e ao desejo desenfreado de se ter uma relação sexual com uma pessoa.

Já reparou como casamento e infelicidade tem tudo a ver nos tempos em que estamos vivendo? Não há como discutir esse assunto sem falar sobre felicidade, um sentimento tão perseguido por todo ser que se diz vivente. Então vem aquela (chata) pergunta clássica: Pra você o que é felicidade? Alguns dirão que ela não existe e o que existe são momentos felizes, outros dirão que ela existe, mas temos alguns momentos tristes. Repare que a felicidade nunca é separada dos “momentos”, dos fatos que cercam o indivíduo. E Jesus? (nem vem, eu sempre vou falar Dele!) será que ele se considerava feliz com tantas perseguições, sabendo até que morreria? Você é bem esperto, já deve ter conseguido notar que felicidade tem mais a ver com “propósito”, “destinação” do que com qualquer outra coisa.

Voltemos ao casamento, o que seria ele? A parte mais tangível e óbvia mostra que é uma cerimônia coberta de algumas formalidades que legitimam um homem e uma mulher a viver em sociedade, enfim, em que pese eu ser taxado de machista, ele é sim um contrato. Como todo negócio celebrado, deve haver uma contrapartida das partes envolvidas, uma obrigação de dar, pagar ou fazer algo, afinal para que as pessoas se casam? Aqui identificamos um grande vacilo, uma grave cilada do “destino” (Satanás diz: prazer, meu nome é destino). Posso afirmar que a contrapartida (a quantia paga) do casamento é a sua própria vida, e não apenas um “viver juntos” ou “partilhar emoções”. Deixe de lado por um minuto todas as suas frustrações e preconceitos, diante dessa nova visão, que pessoa você escolheria para literalmente dar a sua vida? Nesse ponto da conversa eu mesmo concordo em dizer que homem não presta, que são todos iguais e em nenhum podemos confiar. Eu daria minha vida somente para que já deu a sua por mim. Hei, espere ai, estamos falando de casamento ou não? Sim, nós estamos. Mas como escolher alguém com esse nível de entrega? E como eu mesmo posso me tornar uma pessoa assim? Meu filho(a), quem disse que é você quem escolhe? Deus é quem coloca a pessoa certa em sua vida. Aquela, cujos planos você não se cansa de imaginar, pela qual seus olhos brilham, a que tem todos os atributos físicos e mentais que você gosta.

Calma, antes de você pensar que tudo isso é uma grande ilusão e que na vida real isso nunca acontece deixe-me fazer outra pergunta: Quem está escrevendo a sua história? Não entendeu não é? Vamos novamente: Quantas mãos são necessárias para encaixar as peças de um quebra-cabeça? Não importa, desde que a cabeça que as controla tenha esse objetivo. Se a sua vida é entregue a Deus ela vai se encaixar com outra vida como se fosse um quebra-cabeça e tudo fará sentido de uma maneira inexplicável. Novamente: Quem está escrevendo a sua história? Pense nisso até uma resposta sincera seja dada. Aqui entra a felicidade: muito além dos momentos ou fatos que me rodeiam sou feliz porque estou no propósito correto, com a pessoa certa, preparada pelo meu Pai, única e especial não há ninguém como ela. Se você quer se casar com alguém assim só há um caminho: Jesus.

Mas e agora? Já sou casado e percebi que fiz uma grande burrada devido a minha ignorância, devo me separar? Negativo. Sua falta de conhecimento não o exime das coisas ruins que Satanás aprontou com você, aliás isso só piora as coisas. A partir daqui deixe que Jesus conduza o barco, apenas entregue a ele do jeito que está, mesmo que esteja quase afundando. O casamento é para sempre, mesmo com a pessoa errada. Jesus pode escrever a sua história de novo (conhece essa música? Acesse: http://www.youtube.com/watch?v=AtRIxP7ueWM).